sábado, 7 de julho de 2012



Confesso, nunca pensei que a saudade causasse tanta falta de ar. Uma falta de ar que faz parecer que meus olhos serão fechados e que adormecerei para sempre. Esta saudade é capaz de me proporcionar sonhar tanto no mundo dos sonhos quando no mundo real, de olhos abertos.
Não sei quantas vezes, nestes últimos tempos, repeti que deveria ter continuado de olhos fechados. Confesso também não saber se esta sensação que me sufoca fora causada exclusivamente por um rápido abrir de olhos, ou se estava  predestinada a ser vivida. Talvez estivesse predestinado, pois na vida a gente precisa aprender muitas coisas, e, neste momento, estou aprendendo algo novo. Uma sensação nova, na verdade.
Tudo o que é novo nos assusta, mas, não estou assustada, estou sufocada. Logicamente que por consequência, me pergunto quando uma brisa voltará a passar por mim. E, nos meus sonhos, sonho uma brisa perfumada de dama da noite, assim, docinha, daquelas que nos preenche a alma.
Não sei mais escrever, eu sei. Neste momento, a única esperança que tenho é a de desafogar minha alma. Logicamente que me permito um leve sorriso em meio a esta falta de ar, numa crença quase infantil de que uma brisa adocicada me alcançará...